Foi o nome dado pelo químico britânico Joseph Aspdin ao tipo pó de cimento, em 1824, em homenagem à ilha britânica de Portland devido à cor de suas rochas. O construtor descobriu a mistura depois que queimou conjuntamente, pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto às pedras empregadas nas construções. O material parcialmente fundido que sai do forno é denominado Clíquer.
Temos diversos tipos de Cimentos fabricados no Brasil, abaixo veremos quais são:
- Cimento Portland comum (CPI) classes: (CP-25, CP-32, CP-40)
NBR 5732
CP-25: Pequenas e médias estruturas em concreto simples e armado, peças pré-moldadas e construção em geral.
CP-32: Obras de estrutura de médio e grande porte, em concreto simples e armado, peças pesadas de pré-moldados.
CP-40: Pavimentação de aeroportos
CPI-S: Com adição de 5% de calcário cru, durante a moagem.
- Cimento Portland Composto (CPII): Concreto magro (para passeios e enchimentos), Pisos industriais, concreto armado com função estrutural.
NBR 11578
CPII-E 25/ 32/ 40 (Cimento Portland composto com escória)
CPII-Z 25/ 32/ 40 (Cimento Portland composto com pozolana)
CPII-F 25/ 32/ 40 (Cimento Portland composto com Filler)
Cimento Portland de alto forno (CPIII) classes: AF-25, AF-32, AF-40
NBR 5735
AF: É adicionado durante a moagem de 35 a 70% de escória de alto-forno, proporcionando um cimento de menor calor de hidratação, maior plastidade, maior resistência a águas agressivas, porém com um endurecimento mais lento. Pode ter campo de aplicação como o Cimento Portland comum.
- Cimento Portland Pozolânico CP IV classes: POZ- 25, POZ-32
NBR 5736
POZ: É adicionada a moagem de 20 a 30% de pozolana, proporcionando um cimento com as mesmas características de APF.
- Cimento Portland de Alto Resistência Inicial (CPV-ARI)
NBR 5733
É um cimento rico em silicato tricálcio (C3S), extremamente fino de forma a acelerar as reações de hidratação do cimento, obtendo-se um cimento com endurecimento na idade de 7 dias.
Usado em peças pré-moldadas de grande porte, onde se exige resistência nas idades de 1 a 2 dias.
Empregado em reparos de pavimento que necessitem de rápida liberação de trafego.
Cimento Portland de Resistência aos sulfatos (RS) Classe: CPI-32RS
NBR 5737
Empregados em obras marítimas e de fundações, quando sujeitas a meios agressivos com sulfatos.
- Cimento portland Branco Estrutural
NBR 12989
CBP (25/ 32/ 40): Aplicando em concretos brancos para fins arquitetônicos.
Observação: O Cimento Portland branco não estrutural não tem indicação de classe. É aplicado rejuntamento de cerâmicas.
- Cimento Poços Petrolíferos
NBR 9831
CPP: Classe G (Empregado na cimentação de poços petrolíferos)
Cimento Portland misturado com a água forma uma pasta gelatinosa, denominada “gel”, o processo é demorado e a reação se dá de fora para dentro do cimento, depois de certo tempo esta pasta começa a perder sua plasticidade. O tempo contado deste o momento em que se adiciona água ao aglomerante para formar a pasta até o momento em que começa a perder plasticidade chama-se tempo de inicio de pega. Convencionou-se fim de pega ao momento em que a pasta cessa de ser deformável e se torna um bloco rígido. A seguir a massa continua a ganhar resistência, denomina-se a fase de endurecimento. O aglomerante ao dar pega não quer dizer que está endurecido, quanto ao tempo de inicio de pega, o cimento Portland tem uma pega lenta de 1 a 6 horas.